aee2013lucila
sábado, 12 de julho de 2014
A relação do texto de Ítalo Calvino ( " O modelo dos modelos") e o AEE
Para analisar o texto, abrirei uma pequena aspa, para definir a palavra "modelo."
Entende-se por modelo, algo que servirá de imitação.( Modelo, padrão, paradigma.)
O texto de Ítalo Calvino, tráz um personagem que ( seu Palomar) um homem, que busca um modelo subjetivo, um modelo mental.
O autor coloca através do personagem a sua necessidade de passar por etapas para chegar ao modelo desejado. Porém nesse percurso o seu Palomar se depara com a natureza humana, onde "igual", "perfeito" não existe, onde as singularidades, particularidades aparecem e se diferenciam. Quando reportamos para o AEE (Atendimento Educacional Especializado), percebemos que modelar não surgirá efeito, pois assim como o personagem do texto, nos deparamos com seres humanos de naturezas singulares e particulares, logo será preciso avaliar cada caso, cada individuo, mesmo quando suas deficiências são consideradas "iguais". Ainda assim voltando ao texto seu Palomar ainda faz uma nova tentativa, embora agora tenha tomado consciência de que existe essa tal natureza humana, mas resta ainda uma tentativa de se ter "vários modelos ,transformáveis uns nos outros, segundo o procedimento combinatório, para encontrar aquele que se adaptasse melhor a uma realidade que por sua vez fosse feita de tantas realidades distintas, no tempo e no espaço."
Quando se trata de AEE, os "modelos" nos servirá apenas como exemplo, capaz de nos fazer perceber que caminhos devemos tomar para cada caso apresentado e não como um modelo para imitação, único. Porém modelos sim, mas que não precisem ser transformáveis uns nos outros, mas que se diferencie dando ao professor do AEE capacidade de escolhas para cada situação apresentada. A final cada caso é um caso a ser analisado e trabalhado.
Créditos da definição: site: www.dicio.com.br/modelo.
site: www.dicionárioinformal.com.br/modelo.
domingo, 8 de junho de 2014
Recursos de Baixa Tecnologia
( Apoio para alunos com TEA)
LIVRO MÁGICO
A ideia do "Livro Mágico", é trabalhar com aluno autista dando a ele possibilidades de passear por todas as disciplinas.O livro foi confeccionado, por dois professores da região Norte que tem um filho autista. (Conheço esse livro já algum tempo e fiz um comentário no blog.)
Público alvo: aluno com autismo, idade a partir de 4 anos, poderá ser feito na sala de AEE, na sala comum e em casa, com a orientação da professora.
O livro é simples de ser confeccionado, pois os materiais necessários são: EVA, feltro, velcro, cola e figuras de personagens, animais, números e etc. Dependendo da matéria a ser trabalhada.
O que me fez escolher essa tecnologia foi as possibilidades que ela traz de atrair o aluno, dando a ele uma gama de opções de escolhas. (Claro que isso dependerá do grau de autismo da criança trabalhada.), Porém o professor poderá trabalhar com o que o aluno gosta primeiro e ir estimulando a busca por outras áreas.
Estratégia de trabalho
O professor confecciona o livro, separa as figuras em pequenos pacotes plásticos, dá ao aluno o material com seu nome para que possa nomear o seu livro, é preciso valorizar, dizendo que o livro é dele e que ele vai aprender fazendo as atividades dentro do próprio livro, que o livro é mágico por isso ele pode tirar e colocar as figuras e ao mesmo tempo aprender com isso.
Para trabalhar matemática por exemplo: o professor seleciona o material, em seguida pede ao aluno para colocar uma gravura que ele gosta, partindo dai ele (professor), vai inserindo os números, fazendo contagem, trabalhando quantidade,ordem e etc. Lembrando que cada aluno pedirá uma estratégia diferente. (Tudo dependerá do grau de dificuldade da criança.)
Obs: Penso que esse livro, ainda nos possibilita, a criar histórias para ser contada, no dia a dia da criança, estimulando a sua curiosidade.
O livro estimula a interação, socialização e a comunicação,tudo dependerá do trabalho do mediador.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
TEXTO INFORMATIVO
SURDOCEGUEIRA
E DMU
Hoje se falar de inclusão se tornou algo comum, por isso a
importância de informações sobre deficiências e suas diferenças.
Surdocegueira é uma deficiência única que apresenta a perda da audição e visão
de tal forma, que a comunicação das duas impossibilita o uso dos sentidos
que auxiliam a distância. (visão e audição) cria necessidades especiais de
comunicação, causando em alguns indivíduos extrema dificuldade em acessar
informações e compreender o mundo, pois resulta em isolamento.
Deficiência
Múltipla é a ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente,
caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com possibilidades
bastante amplas de combinações.
Importante: Segundo a Associação Brasileira de Pais e
Amigos dos Surdocegos e dos Múltiplos deficientes Sensoriais (Abrapacem), o
modo como cada deficiência afetará o aprendizado de tarefas simples e o
desenvolvimento da comunicação do individuo vária de acordo com o grau
de comprometimento propiciado pelas deficiências associadas aos
estímulos que essa pessoa vai receber ao longo da vida.
CLASSIFICAÇÃO DA
SURDOCEGUEIRA
*Surdocego Total
*Surdez profunda associada com baixa
visão
*Surdez severa associada com baixa visão
*Surdez moderada associada a cegueira
*Pessoa com vários comprometimentos
parciais
CLASSIFICAÇÃO DE DMU
* Surdez com deficiência intelectual,
leve ou severa
*Surdez com distúrbios neurológicos de
conduta emocional
*Surdez com deficiência física, leve ou
severa
*Baixa visão com deficiência física,
leve ou severa
*Cegueira com deficiência física, leve
ou severa
*Cegueira com distúrbios emocionais,
neurológicos, conduta e linguagem
NECESSIDADES BÁSICAS DA PESSOA COM DMU
Pode ser agrupado em três blocos, segundo Nunes(2002)
*Necessidades físicas e médicas
*Necessidades emocionais
*Necessidades
educativas
As estratégias para a aquisição da comunicação, se faz importante para
essas pessoas, tanto uma comunicação com uma interação social, com o meio, e
com seus pares no dia a dia.
COMO OCORRE A COMUNICAÇÃO
Sua comunicação inicial é pelo movimento corporal e
vocalização, precisam aprender por rotinas organizadas
A
caixa de antecipação será sua primeira estratégia de comunicação
COMUNICAÇÃO DO SURDOCEGO
Sua comunicação
pode ser alfabética ou não alfabética
As estratégias para a comunicação
alfabética pode ser com uso do alfabeto tátil, alfabeto manual para surdocego,
escrita na palma das mãos, Braille tátil, tabelas alfabéticas, sistema mallosi,
sistema de dedo com lápis e alfabeto moon.
As estratégias para a comunicação não
alfabética pode ser, com língua de sinais tátil, método tadoma,
língua de sinais em corpo reduzido.
ENELL.surdocegueira.PPT
Aspectos importantes p/ saber sobre surdocegueira e DMU, Maia Rodrigues
Shirley, São Paulo (2011).
DMUS,Ikonomidis
Maria Vula.
Educação
Escolar da Pessoa com Surdez e o Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
A
inclusão tem como finalidade, que todas as crianças com deficiência
ou não, frequentem o ensino regular, porém quando se trata da
educação da Pessoa com Surdez, essa discussão torna- se maior e
até mesmo polemica, pela simples questão do uso da língua correta
na educação do surdo. Essas questões foram embates entre oralistas
e gestualistas por muitas décadas. discussões e experiências que
trouxeram muitas consequências, mas também a necessidade de se
buscar de fato uma proposta que realmente valorize o potencial da
pessoa surda.
Durante
todo esse tempo, existiram e ainda existe três abordagens
diferentes em discussão, a oralista a comunicação total e o
bilinguismo, sendo que a oralista encontra- se (segundo texto de
Dámazio) dentro da comunicação total propriamente dita, pois
havia uma necessidade da língua falada. E não havia espaço para a
língua de sinais, como primeira língua.
"
Os dois enfoques - oralista e a comunicação total - deflagraram um
processo que não favoreceu o pleno desenvolvimento das Pessoas com
Surdez, por focalizar o domínio das modalidades orais..."(Dámazio,
pg 07).
O
bilinguismo por outro lado, trás outra concepção em relação a
educação da pessoa com surdez, trazendo uma nova perspectiva, pois
possibilita o aprendizado da língua de sinais como primeira língua,
bem como a língua portuguesa como segunda língua, dando assim a
pessoa com surdez possibilidade, oportunidade desenvolver-se
socialmente e intelectualmente.
Nesse
sentido Dámazio "Coloca a necessidade de se repensar a
educação escolar da pessoa com surdez."Mudando com isso o
enfoque do confronto, para a necessidade de se rever o fracasso
escolar desses alunos, direcionando para a qualidade do ensino
prestado, o preconceito e as práticas pedagógicas escolhidas.
Então
passa-se a atenção, não para o problema da língua ou da
incapacidade do surdo, mas a proposta da escola, do olhar para o
outro sem que a sua deficiência seja o foco, e a prática pedagógica
a dotada para esse aluno.
Para tanto(
Dámazio,pg 08) se posiciona, colocando a Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008),
vem ao encontro de propósito de mudanças no ambiente escolar e nas
práticas sociais, institucionais para promover a participação do
aluno com surdez na escola comum.
Para
isso será necessário uma mudança na postura das pessoas que fazem
e acreditam na educação dando uma nova perspectiva, através de
mudanças nas práticas, quebrando paradigmas , rompendo com
conceitos pré-estabelecidos de que a pessoa com surdez, não
aprende por não poder ouvir.
"
É necessário reinventar as formas de conceber a escola e suas
práticas pedagógicas, rompendo com os modos lineares do pensar e
agir no que se refere a escolarização."( Dámazio, pg 08)
No
Brasil infelizmente, ainda não se chegou no consenso sobre adotar o
bilinguismo, existe ainda muitos empecilhos, porém o" Decreto
5.626 de 05/12/2005, diz que a pessoa com surdez, tem o direito a uma
educação que garanta sua formação em Língua de Sinais e Língua
Portuguesa, preferencialmente na modalidade escrita, que constituam
línguas de instrução"
O
decreto vem reforçar a importância da implantação da proposta
bilíngue na educação da pessoa com surdez, com isso percebesse a
necessidade do AEE(Atendimento Educacional Especializado), nos três
momentos . AEE de Libras, AEE em Libras e AEE em Língua Portuguesa.
Proporcionando ao aluno surdo um maior desenvolvimento dentro da
unidade escolar, bem como no seu cotidiano fora da escola.
Segundo
Dámazio "O AEE promove o acesso dos alunos com surdez ao
conhecimento escolar em duas línguas: em libras e em língua
portuguesa, a participação ativa na s aulas e o desenvolvimento do
seu potencial cognitivo, afetivo, social e linguístico , com os
demais colegas da escola comum."
O
AEE é um atendimento que vem enriquecer todo o processo do aluno
com deficiência na escola comum, pois proporciona a oportunidade de
valorizar o potencial do aluno dentro da escola e em conjunto com o
profissional da sala comum.
sábado, 26 de outubro de 2013
O TANGRAM
O tangram é um quebra-cabeça Chinês formado por 7 peças, sendo 5 triângulos ,1 quadrado e 1 paralelogramo.Com essas peças a criança pode formar várias figuras,como animais, casas,barcos etc.O curioso do tangram é que é possível montar mais de 1700 figuras com apenas 7 peças.
O tangram nasceu de uma lenda,(existem várias versões),porém a que conto para meus alunos antes de começar a trabalhar é a lenda chinesa.
Conta a lenda que um imperador Chinês, pediu ao seu servo, para levar um espelho a rainha de um outro povoado,porém o servo quebrou o espelho no caminho em 7 pedaços, o servo com medo de voltar para contar, resolveu colar o espelho e colou em 7 pedaços que poderiam formar várias figuras.( fonte: pt.wikipedia.org/wiki/tangram)
O trangram, estimula: atenção, a concentração, o reconhecimento de cores e formas além da percepção visual.
Com o tangram além de trabalhar apenas armando o quebra-cabeça, o professor pode estimular o aluno a criar histórias e fazer colagem passando o tangram para o papel.
Quando trabalho com o tangram, eu gosto muito de explorar, tudo que posso com ele,desde armar o quebra-cabeça, a pedi que os meninos (a), tentem criar o seu próprio tangarm ,usando réguas geométricas para que eles possam desenhar as formas que tem no jogo.
Escolhi o tangram porque particularmente gosto muito de trabalhar com ele, pois vejo o quanto os alunos gostam e pedem para usar.
domingo, 8 de setembro de 2013
Tecnologia Assistiva (Tesouras Adaptadas)
Tesoura adaptada com suporte fixo
A tesoura adaptada para uma criança com deficiência física, ajuda no seu manuseio, possibilitando a habilidade de abrir e fechar a mão.Facilitando assim nas atividades de recortar e colar na sala de aula ou nos deveres de casa.
A tesoura de suporte fixo, exige da criança apenas o movimento de bater a mão ,enquanto que a tesoura mola exige o movimento de fechar a mão.
Ainda existe a tesoura elétrica que é ativada por acionador (não foi colocada imagem).
Essas tesouras podem ser compradas,mas podem
também ser feitas com fio encapado flexível ,uma madeira,algum
transmissor com bateria adaptada etc.
O trabalho com o material adaptado é importante para autonomia
da criança na sala de aula ou na sua vida diária.
A atividade com a tesoura adaptada pode ser feita individualmente ou
em grupo,vai depender da necessidade do aluno. Por
exemplo uma criança que tem os movimentos muito comprometidos
e não consiga manusear sozinha o papel e a tesoura ao mesmo tempo,o
professor poderá colocar os outros colegas para participar da atividade
formando grupo e incluindo a criança,enquanto a criança corta o colega
segura o papel ou vice versa.
O professor da SRM, deve estar sempre contribuindopara a autonomia da criança dentro e fora da Unidade
Escolar.
Tesoura adaptada com arame revestido
domingo, 4 de agosto de 2013
O PROFESSOR, A ESCOLA E A SALA DE RECURSOS
O professor na escola é uma referência para
todos os alunos em todos os aspectos,porém quando estamos na SRM,essa
referência fica ainda mais evidente,porque trabalhamos com crianças ditas
"especiais".No decorrer do processo,aprendi o quanto nós somos
necessários na escola e na vida dos nossos alunos,o quanto o nosso papel como
educador SRM é importante e quanto nós
podemos ajudar na vida deles dentro e fora da unidade escolar,percebo que o
nosso trabalho da uma segurança e uma vontade de ir em frente a cada dia.O
nosso papel como professor da SRM é
primordial para essas crianças avançarem na escola regular,pois somos a ponte
que eles atravessam buscando segurança do outro lado.Quando conhecemos o nosso
aluno,sua família e sua história de vida,partimos para o Estudo de Caso,o nosso
trabalho toma uma nova dimensão,pois é a partir desse estudo que passamos a
organizar o nosso atendimento na SR,o Estudo de Caso é que nos da a base e nos
aprofunda sobre o problema do nosso aluno, então partimos dali para organizar
todo o processo de desenvolvimento dessa criança dentro da escola,traçamos
metas para o bem estar dessa criança,buscamos o melhor método de trabalho que
se adeque a ela,que estímulos serão possíveis a cada um e traçar caminhos que
só vão beneficiar o aluno a cada dia,então o Estudo de Caso é de estrema
importância para o desenvolvimento do nosso atendimento,pois para o trabalho da
SR,acontecer precisamos da história desse aluno,precisamos trilhar
caminhos,entender por que as coisas acontecem como elas acontecem e
partindo de tudo isso,começamos a planejar.O plano é a nossa referência para o
processo de aprendizagem e desenvolvimento do aluno dentro da escola,partindo
dele organizamos todo o nosso trabalho em sala.O plano esta casado com o estudo
de caso,a partir do momento que nós tomamos ciência da deficiência desse aluno
de como ele de fato está,começamos o nosso precioso trabalho.Quando organizamos
o plano individual do aluno,nós estabelecemos no decorrer do processo todo o
nosso trabalho,passo a passo a ser
desenvolvido por ele.Esse plano nos permite a flexibilidade,pois podemos refazê-lo caso alguma etapa não tenha surgido
o efeito desejado.Vejo que o plano é de fundamental importância no trabalho na
SR,ele é a base do nosso processo com a criança,(penso que não só na SR, mas na
sala regular também),que não devemos improvisar quando nós tratamos de lidar
com a vida das pessoas.Quando nós organizamos um plano,fazemos toda a diferença
no trabalho,por que o mesmo tem relação com o histórico do aluno traçado lá na
frente no estudo de caso,não é uma coisa
aleatória.É a partir dele que nós professores saberemos se o que foi colocado é ou não compatível com a realidade desse aluno.O
plano contribui para o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno a partir do
momento em que é traçado todo um caminho,desde o objetivo até a sua maneira de
avaliar o que deu e não deu certo.Se a cada atendimento o professor observar o
que deu certo e o que precisa melhorar,ele refaz o plano, isso refletirá no
desenvolvimento da aprendizagem desse aluno.
Entendo que o Estudo de
Caso,o Plano Individual a Rotina Diária
e o compromisso do professor na Sala de Recursos juntos, fazem a diferença na
escola e na vida de uma criança com deficiência .
Assinar:
Postagens (Atom)