segunda-feira, 21 de abril de 2014


Educação Escolar da Pessoa com Surdez e o Atendimento Educacional Especializado (AEE)



A inclusão tem como finalidade, que todas as crianças com deficiência ou não, frequentem o ensino regular, porém quando se trata da educação da Pessoa com Surdez, essa discussão torna- se maior e até mesmo polemica, pela simples questão do uso da língua correta na educação do surdo. Essas questões foram embates entre oralistas e gestualistas por muitas décadas. discussões e experiências que trouxeram muitas consequências, mas também a necessidade de se buscar de fato uma proposta que realmente valorize o potencial da pessoa surda.

Durante todo esse tempo, existiram e ainda existe três abordagens diferentes em discussão, a oralista a comunicação total e o bilinguismo, sendo que a oralista encontra- se (segundo texto de Dámazio) dentro da comunicação total propriamente dita, pois havia uma necessidade da língua falada. E não havia espaço para a língua de sinais, como primeira língua.

" Os dois enfoques - oralista e a comunicação total - deflagraram um processo que não favoreceu o pleno desenvolvimento das Pessoas com Surdez, por focalizar o domínio das modalidades orais..."(Dámazio, pg 07).

O bilinguismo por outro lado, trás outra concepção em relação a educação da pessoa com surdez, trazendo uma nova perspectiva, pois possibilita o aprendizado da língua de sinais como primeira língua, bem como a língua portuguesa como segunda língua, dando assim a pessoa com surdez possibilidade, oportunidade desenvolver-se socialmente e intelectualmente.

Nesse sentido Dámazio "Coloca a necessidade de se repensar a educação escolar da pessoa com surdez."Mudando com isso o enfoque do confronto, para a necessidade de se rever o fracasso escolar desses alunos, direcionando para a qualidade do ensino prestado, o preconceito e as práticas pedagógicas escolhidas.

Então passa-se a atenção, não para o problema da língua ou da incapacidade do surdo, mas a proposta da escola, do olhar para o outro sem que a sua deficiência seja o foco, e a prática pedagógica a dotada para esse aluno.

Para tanto( Dámazio,pg 08) se posiciona, colocando a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), vem ao encontro de propósito de mudanças no ambiente escolar e nas práticas sociais, institucionais para promover a participação do aluno com surdez na escola comum.

Para isso será necessário uma mudança na postura das pessoas que fazem e acreditam na educação dando uma nova perspectiva, através de mudanças nas práticas, quebrando paradigmas , rompendo com conceitos pré-estabelecidos de que a pessoa com surdez, não aprende por não poder ouvir.

" É necessário reinventar as formas de conceber a escola e suas práticas pedagógicas, rompendo com os modos lineares do pensar e agir no que se refere a escolarização."( Dámazio, pg 08)

No Brasil infelizmente, ainda não se chegou no consenso sobre adotar o bilinguismo, existe ainda muitos empecilhos, porém o" Decreto 5.626 de 05/12/2005, diz que a pessoa com surdez, tem o direito a uma educação que garanta sua formação em Língua de Sinais e Língua Portuguesa, preferencialmente na modalidade escrita, que constituam línguas de instrução"

O decreto vem reforçar a importância da implantação da proposta bilíngue na educação da pessoa com surdez, com isso percebesse a necessidade do AEE(Atendimento Educacional Especializado), nos três momentos . AEE de Libras, AEE em Libras e AEE em Língua Portuguesa. Proporcionando ao aluno surdo um maior desenvolvimento dentro da unidade escolar, bem como no seu cotidiano fora da escola.

Segundo Dámazio "O AEE promove o acesso dos alunos com surdez ao conhecimento escolar em duas línguas: em libras e em língua portuguesa, a participação ativa na s aulas e o desenvolvimento do seu potencial cognitivo, afetivo, social e linguístico , com os demais colegas da escola comum."

O AEE é um atendimento que vem enriquecer todo o processo do aluno com deficiência na escola comum, pois proporciona a oportunidade de valorizar o potencial do aluno dentro da escola e em conjunto com o profissional da sala comum.










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